Além de gerar efeitos positivos para os consumidores, o...
Além de gerar efeitos positivos para os consumidores, o fim da bandeira extraordinária deve levar a uma desaceleração da inflação
O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quarta-feira (6) o fim da bandeira de escassez hídrica, em vigor desde setembro do ano passado, e a volta da bandeira verde na conta de luz a partir do próximo dia 16.
A nova data é uma antecipação em relação ao prazo esperado para a troca da bandeira, que seria no fim do mês.
Pelos cálculos do governo, a conta de luz teria redução de cerca de 20% com o fim da cobrança de taxa extra para bancar o funcionamento de termoelétricas. Especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) afirmam, no entanto, que a queda deverá ser diluída com os reajustes tarifários das distribuidoras que serão estabelecidos ao longo deste ano.
A PSR, a maior consultoria de energia do país, estima que, em média, esses reajustes serão de 15%. Então, computados os aumentos tarifários em 2022, a redução média na conta de luz do consumidor residencial deverá ser de 6,5%.
Além de gerar efeitos positivos para os consumidores, o fim da bandeira extraordinária deve levar a uma desaceleração da inflação em maio.
Anunciada em agosto, a bandeira de escassez hídrica foi uma das medidas estabelecidas pelo governo em 2021 para evitar falhas no fornecimento de energia por causa da falta de chuvas. O patamar, que se encerraria em 30 de abril deste ano, representa uma cobrança adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). Em um cenário muito diferente, já que choveu o suficiente para garantir a recuperação dos reservatórios, o governo descartou agora a possibilidade de prorrogar a cobrança adicional ou a criação de um patamar extraordinário.